Senador considera estratégia antecipada pela Anatel como equivocada e prevê dificuldades para levar a comunicação ao campo
Do site Telesíntese
O senador Walter Pinheiro (PT-BA) criticou, nesta quarta-feira (18), a estratégia antecipada pela Anatel de atrelar a venda da faixa de 450 MHz à de 2,5 GHz, caso a primeira não seja vendida no primeiro leilão. “A frequência de 450 MHz, não pode ser tratada como um encargo, como de segunda classe devido a sua importância para levar a comunicação à população rural”, disse.
Segundo o senador, a venda casada já anunciada, evitará que os grandes grupos apresentem proposta no primeiro leilão. E se arrematar a frequência de 450 MHz junto com a de 2,5 GHz, não investirá o volume de recursos necessário para atender adequadamente os mais de 35 milhões de brasileiros que moram na zona rural e que não tem acesso à banda larga e à voz. "A prioridade será a telefonia móvel de quarta geração", sustenta.
“É uma tática errada, absurda e inadequada para um país com dimensão continental e desigual como o nosso”, reclamou Pinheiro. Ele sustenta que essa estratégia pode ser indicada para o Brasil da Avenida Paulista, mas não para o Brasil da roça, que sustenta a economia do país e que precisa de apoio. “Comunicação é infraestrutura fundamental para que esses brasileiros também alcancem uma vida melhor”, disse.
Para Pinheiro, a Anatel deveria aproveitar a licitação da 2,5 GHz para aumentar a competição no setor, favorecendo a entrada de outro grande grupo no pais, o que será dificultado caso se confirme a venda conjunta com a faixa de 450 MHz. Para essa última, sugere que o preço alto seja trocado por obrigações de cobertura.
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